O Patrimônio Cultural é o conjunto de todos os bens, das manifestações culturais, das celebrações e das tradições tanto materiais quanto imateriais, que são reconhecidos por determinada comunidade por sua relevância histórica, cultural e identitária e, assim, adquire valor simbólico e merece ser preservado.
No ano de 2022 foram realizadas as fichas dos bens abaixo relacionados que agora constam no rol de bens inventariados em Delfinópolis:
Aniversário da Cidade. Área 01. O município de Delfinópolis emancipou-se politicamente no dia 17 de dezembro de 1939, pelo Decreto Lei nº 148.
Desde então, a data de 17 de dezembro marca o aniversário da localidade, que em 2022 completou 84 anos como município independente.
Tradicionalmente nessa data é feita a festa de Aniversário da Cidade, buscando valorizar a
trajetória histórica, a cultura e a comunidade delfinopolitana. Essa celebração já faz parte do calendário local e por sua importância histórica e cultural é que o bem foi inventariado pelo município.
Folia de Reis Estrela Guia. Área 01. A Folia de Reis Estrela Guia se insere na comunidade delfinopolitana como uma importante tradição religiosa de devoção aos Três Reis Magos. Esse grupo, que já existe há mais de 100 anos no município, realiza sua jornada de peregrinações, cantoria e recolhimento de doações pelas casas dos moradores locais atendendo a pedidos de devotos para o pagamento de promessas de graças
alcançadas. A recepção das pessoas nas residências é muito positiva, sendo um momento muito emocionante para os devotos envolvidos. Por sua importância histórica, simbólica e religiosa no município é que o bem está sendo inventariado.
Folia de Reis Magos do Oriente. Área 01. A Folia de Reis Magos do Oriente se insere
na comunidade delfinopolitana como uma importante tradição religiosa de devoção aos Três Reis Magos. Esse grupo, que já existe desde 2019 no município, realiza sua jornada de peregrinações, cantoria e recolhimento de doações pelas casas da área urbana e rural de Delfinópolis, atendendo a pedidos de devotos para o pagamento de promessas de graças alcançadas. A recepção das pessoas nas residências é muito positiva, sendo um momento muito emocionante para os devotos envolvidos e detentores. Por sua importância histórica, simbólica e religiosa no município é que o bem está sendo inventariado.
Escola Municipal Cônego Marinho. Área 01. O antigo Grupo Escolar de Delfinópolis, atualmente Escola Municipal Cônego Marinho, foi construído em 1938 pelo Governo do Estado de Minas Gerais, um ano antes da emancipação política do município, que aconteceu em 1939. Quando foi construída, a instituição educacional abrigou as Escolas Reunidas do Município até a instalação do Grupo Escolar, fato que se deu em 20 de julho de 1946. Nessa ocasião, recebeu o nome de Grupo Escolar “Cônego Marinho” e, em 08 de maio de 1974, recebeu a nomenclatura de Escola Estadual Cônego Marinho. Esse nome foi uma homenagem ao Padre Candido Marinho de Oliveira que, durante quatro anos (1897 1901), residiu no povoado que hoje conhecemos como Delfinópolis. Além de exercer suas funções religiosa, o padre lecionava para algumas crianças que residiam no distrito. Em 1997, a partir do Decreto Lei nº 1400, a escola foi municipalizada e passou a se chamar Escola Municipal Cônego Marinho. A edificação mantém as características arquitetônicas de sua construção e além de ser admirado por sua beleza e funcionalidade é também um símbolo da formação do município e por esse motivo está sendo inventariada.
Pousada Casarão. Área 01. A partir de relatos de fontes orais, acredita-se que a
edificação da Pousada Casarão seja quase bicentenária. Sabe-se que os pés de jaboticaba existentes no quintal possuem 140 anos e a edificação já existia antes disso. Essa residência foi uma herança da família do Sr. Messias Marcelino Lopes, que foi Prefeito de Delfinópolis entre 1971-1973, além de poeta, tendo dois livros publicados. Sr. Messias se casou em 1972 com Ilza Batista Leite Lopes, com quem teve quatro filhos e sempre morou nesse imóvel. Em 1999 passaram a utilizar a edificação também como Pousada. O imóvel mantém as características arquitetônicas de sua construção original e, além de ser admirado por sua beleza e funcionalidade, possui como diferencial um rico acervo de móveis, fotografias e objetos, antigos ou decorativos, que preenchem seus cômodos e encantam seus visitantes. Pelos seus valores histórico e arquitetônico o bem está sendo inventariado.
Alfaiataria do Sr. Arnóbio. Área 01. A edificação que abriga a alfaiataria do Sr. Arnóbio está inserida no local de maior concentração de edificações oriundas da formação do povoado do Espirito Santo da Forquilha, no núcleo histórico antigo de Delfinópolis – MG, em frente à Praça Manoel Leite Lemos. O imóvel mantém as características arquitetônicas de sua construção, no seu interior conserva um acervo de máquinas e objetos utilizados no ofício de alfaiate e, além de ser admirado por sua beleza e funcionalidade, é também um espaço de sociabilidade onde as pessoas gostam de se juntar ao Sr. Arnóbio para uma boa conversa. Por seus valores histórico, afetivo e arquitetônico o bem está sendo inventariado.
Memorial das Almas. Área 01. O Memorial das Almas foi inaugurado em 03 de abril de 2015 e foi construído com recursos obtidos com a participação e classificação da Folia das Almas de Delfinópolis no Prêmio Nacional Culturas Populares de 2012. O monumento foi erigido em homenagem a tradição da Folia das Almas, que em Delfinópolis é muito forte, tendo surgido no início do século XX. Toda a estrutura do monumento, a arte da cruz e a oração de Santo Inácio de Loyola, conhecida como Alma de Cristo, foram pensadas levando-se em conta a tradição da Folia das Almas e seus simbolismos religiosos. Por sua importância histórica, simbólica e religiosa no município é que o bem está sendo inventariado.
Memorial Francisco Melo Lemos. Área 01. O Memorial Francisco Melo Lemos diz respeito a um conjunto de quadros, dispostos em ordem cronológica, compostos por uma imagem e pequeno texto, onde são narradas as contribuições para o município de Delfinópolis realizadas por Francisco de Melo Lemos, conhecido como Chiquito, que foi prefeito de Delfinópolis entre 01/06/1958 e 31/07/1958. Chiquinho conseguiu a aprovação da lei que aumentava o valor da indenização pelas terras que seriam utilizadas para a construção da Usina de Peixoto. O Memorial foi feito no início dos anos 2000, por iniciativa de seus familiares, com intuito de homenagear Chiquito. Por sua importância memorialística e simbólica é que o bem está sendo inventariado.
Realização: Secretaria de Turismo, Lazer, Esporte e Cultura com assessoria técnica da AME Cultura